Eu, metades...

Sou metade indecisão,

deste poema sem memória.

Da glória de saber-me inteira

no espelho que oculta-me, sou

humana, derradeira.

Sou metade acertos neste

jogo de razões emotivas.

Sou quase palavra rasgada

do verbo amar...

Sou quase o próprio espelho

dos meus olhos profundos.

A imensidão do mar, afoga-me

e eu gosto disto.

Sou indecifrável, quando estou

assim, vulnerável a mim....

Sou pronúncia afável, dita

sem pressa, não sei ditar as

regras...

Então, deito- me na concha

dos meus pensamentos...

E o mar, leva-me...

Sem pressa de saber-me

tão intensamente humana,

reviro- me ao sabor das ondas,

do vento, das memórias...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 10/01/2008
Código do texto: T811013
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.