Ao Poeta do Deserto....e à Poetisa do Cerrado

Meu corpo sem movimento...

Meu pensamento vagando por aí...

Quando o coração já não suportar a saudade...

Quando os dias parecerem sombrios...

Quando as noites estiverem muito frias...

E, o luar já não brilhar no seu céu...

Chama-me...

Nem se preocupe, não vou pedi-la em casamento.

Ao contrário senso, quero ser seu alimento.

Quero minguar-me em suas ânsias por carinho.

Ser como a caneta tinteiro, esvair-me por inteiro.

Contrito, irrestrito, e indefinido

em suas magníficas mãos.

A lágrima que rolar de

meu desfigurado rosto

será o meu gozo angelical.

E, absurdamente incongruente,

indecente, mas nunca indiferente