SONETO DE LOUCURA

Estou louco! E minha loucura...

Transformo-a em versos, cortantes.

Puros frutos da minha brandura:

Não a quero em outros semblantes!

São versos calados, estorvados,

Facetas! Sim: insaciáveis pouco.

Gastos pelo tempo, desnudados,

Forjados. Idéias de um louco.

Sim! Dum louco perdido, disperso.

Ah! Em eternos sonhos envolto.

Da pura insensatez anverso.

Sim! Dum eu demasiado souto.

Mistérios dos meus pequenos ais.

Correntezas que aportam em meu cais.