VIDRAÇAS...

A lua, ainda está

aqui na sala.

No céu que eu viajo,

na poesia que vigia o

sono dos poetas.

É estranha a imensidão

que eu vejo na sombra

do quarto, navios e

carvelas.

É barullhenta a unha que

que arranha a pele,tudo

grita, tudo machuca.

Meu corpo rio, não se decide.

Minha alma vento, é cata-vento

dos sentidos.

A lua roça em meu rosto, não

desgrudo do gosto bom desse

cheiro da manhã.

Noite cansada, querendo dormir.

Eu não durmo...

Eu não passeio...

Eu apenas exploro todas as

possibilidades de entender

que eu realmente não me

conheço direito.

Eu sou literalmente um poema

branco, tolo e confuso.

Eu ainda tenho o gosto das

pessoas, guardado em minha

língua...em minha alma.

A lua já não está mais

na sala...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 28/01/2008
Código do texto: T835956
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