VIDRAÇAS...
A lua, ainda está
aqui na sala.
No céu que eu viajo,
na poesia que vigia o
sono dos poetas.
É estranha a imensidão
que eu vejo na sombra
do quarto, navios e
carvelas.
É barullhenta a unha que
que arranha a pele,tudo
grita, tudo machuca.
Meu corpo rio, não se decide.
Minha alma vento, é cata-vento
dos sentidos.
A lua roça em meu rosto, não
desgrudo do gosto bom desse
cheiro da manhã.
Noite cansada, querendo dormir.
Eu não durmo...
Eu não passeio...
Eu apenas exploro todas as
possibilidades de entender
que eu realmente não me
conheço direito.
Eu sou literalmente um poema
branco, tolo e confuso.
Eu ainda tenho o gosto das
pessoas, guardado em minha
língua...em minha alma.
A lua já não está mais
na sala...