SEDENTA
Eu amo a poesia
e as suas tortas
possibilidades.
Eu amo o avesso,
do verso e quase sempre
atropelo os seus
deveres abstratos.
Eu amo a palavra fingida
que molha os meus dedos,
que renasce com o meu sabor.
Minhas palavras não tem
gosto de hortelã, nem de vinho.
Elas simplismente escorregam,
suando o meu corpo pela garganta
e matando a minha sede, na hora
exata.
LuciAne