SEDENTA

Eu amo a poesia

e as suas tortas

possibilidades.

Eu amo o avesso,

do verso e quase sempre

atropelo os seus

deveres abstratos.

Eu amo a palavra fingida

que molha os meus dedos,

que renasce com o meu sabor.

Minhas palavras não tem

gosto de hortelã, nem de vinho.

Elas simplismente escorregam,

suando o meu corpo pela garganta

e matando a minha sede, na hora

exata.

LuciAne

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 04/02/2008
Código do texto: T845250
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