Em dependência
Procuro-te
com o meu olfacto viciado no teu perfume,
e o olhar dependente da imagem que reflectes em mim.
De tão longe vim, exaltando a tua presença
e desejando matar a sede do teu ser e do teu corpo
com um punhal apaixonado e envenenado de prazer.
Não adiantará muito mais, nem muito mais tempo,
tentar saciar a liberdade de, finalmente,
te encontrar, para sempre.
Sinto necessidade de ti, da tua presença,
mesmo que distante.
Sinto necessidade da droga
que é o amor que me mantém.
E necessito de calar o vício
se não consigo saciar-me ou calar-me,
ao contrário, matará a minha existência.
11 de Agosto de 2003