IDENTIDADES
Sinto medo do poema que
me espia...
Ele corre pela sala, rodopia
os meus sensores.
Arrepia a minha alma, soletra o
meu nome.
Sinto medo do poema que me
engole...
Ele devora meus vazios,
altera a minha voz, desfalece
os meus sentidos.
Sinto medo do poema quando
ele vem calado, velando sombras
minhas, murmurando ao meu lado.
Sinto medo quando o poema
toma o meu corpo e nas entrelinhas
do meu pensamento, habita-me sem
pedir licença...
LuciAne 20/03/2008
19:54