IDENTIDADES

Sinto medo do poema que

me espia...

Ele corre pela sala, rodopia

os meus sensores.

Arrepia a minha alma, soletra o

meu nome.

Sinto medo do poema que me

engole...

Ele devora meus vazios,

altera a minha voz, desfalece

os meus sentidos.

Sinto medo do poema quando

ele vem calado, velando sombras

minhas, murmurando ao meu lado.

Sinto medo quando o poema

toma o meu corpo e nas entrelinhas

do meu pensamento, habita-me sem

pedir licença...

LuciAne 20/03/2008

19:54

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 20/03/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T909724
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