NÓ NA GARGANTA

Algo está para romper-se...

Quem sabe um vaso, um caso

De amor que mal começou...

Algo está para chorar...

Quem sabe os meus olhos,

Quem sabe, se serão os teus...

Uma membrana fina, separa-me

Da rima perfeita, do amor insolúvel.

Um hímen indestrutível de coisas

Que eu não vivi, não senti, não toquei.

Algo está para quebrar-se, roer-se

Livrando-se da abstinência do que

Nunca foi provado...

LuciAne

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 25/03/2008
Reeditado em 26/03/2008
Código do texto: T916430
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