NÓ NA GARGANTA
Algo está para romper-se...
Quem sabe um vaso, um caso
De amor que mal começou...
Algo está para chorar...
Quem sabe os meus olhos,
Quem sabe, se serão os teus...
Uma membrana fina, separa-me
Da rima perfeita, do amor insolúvel.
Um hímen indestrutível de coisas
Que eu não vivi, não senti, não toquei.
Algo está para quebrar-se, roer-se
Livrando-se da abstinência do que
Nunca foi provado...
LuciAne