Devaneio de aversão à sanidade

Deixe-me olhar em seus olhos e ver, se é verdade o que diz

Acho que me enganei, imaginei o que não vi

Voarei, então, mais outra vez nas asas da lassidão

Pensando se é o romantismo ou os sonhos minha perdição

Melhor ser versos que realidade, onde encontro a verdade?

Lasciva loucura, misto de negação e vontade

Sou animal demais pra razão

Sou calculista demais pra ilusão

Onde mergulho? Afogo-me...

Quero o altar, então rogo.

Quero o silêncio de gritos de pavor

Quero a ironia adocicada de uma briga de amor

Sonho com os segundos de sossego

De instantes mágicos de aconchego

Quero o afago de minta plenitude

Quero crer em qualidade, virtude

Será que busco um “eu” de calças?

Para entender meus dramas e causas?

Busco a perfeição imperfeita?

Um sacerdote de seita que mata pelo ideal?

Uma loucura encarnada, pelo bem ou pelo mal?

Diz que preciso de remédio, de uns tabefes!

Não é verdade, é um teste, puro blefe

Quem me dera fugir para longe de suas mãos

Que é você? O homem dos “sim’s” ou dos nãos?

T Sophie
Enviado por T Sophie em 01/04/2008
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