Devaneio de aversão à sanidade
Deixe-me olhar em seus olhos e ver, se é verdade o que diz
Acho que me enganei, imaginei o que não vi
Voarei, então, mais outra vez nas asas da lassidão
Pensando se é o romantismo ou os sonhos minha perdição
Melhor ser versos que realidade, onde encontro a verdade?
Lasciva loucura, misto de negação e vontade
Sou animal demais pra razão
Sou calculista demais pra ilusão
Onde mergulho? Afogo-me...
Quero o altar, então rogo.
Quero o silêncio de gritos de pavor
Quero a ironia adocicada de uma briga de amor
Sonho com os segundos de sossego
De instantes mágicos de aconchego
Quero o afago de minta plenitude
Quero crer em qualidade, virtude
Será que busco um “eu” de calças?
Para entender meus dramas e causas?
Busco a perfeição imperfeita?
Um sacerdote de seita que mata pelo ideal?
Uma loucura encarnada, pelo bem ou pelo mal?
Diz que preciso de remédio, de uns tabefes!
Não é verdade, é um teste, puro blefe
Quem me dera fugir para longe de suas mãos
Que é você? O homem dos “sim’s” ou dos nãos?