CHOQUE SANGUÍNEO
...E a boca cheia de dentes
saliva uma fome sem nome.
Mastigando sonhos,range a madrugada.
O poeta finge saber, mas não decifra
suas buscas.
Pinga uma gota de sangue no marionete,
e sua garganta seca, engole qualquer
líquido, qualquer lenitivo engarrafado.
E as dores continuam, mas o dia amanhece.
Sem pressa, ele desce os degraus dos seus
delírios e acaricia a própria face, no espelho.
LuciAne 30/04/2008
11:58
POESIA ON-LINE