CHOQUE SANGUÍNEO

...E a boca cheia de dentes

saliva uma fome sem nome.

Mastigando sonhos,range a madrugada.

O poeta finge saber, mas não decifra

suas buscas.

Pinga uma gota de sangue no marionete,

e sua garganta seca, engole qualquer

líquido, qualquer lenitivo engarrafado.

E as dores continuam, mas o dia amanhece.

Sem pressa, ele desce os degraus dos seus

delírios e acaricia a própria face, no espelho.

LuciAne 30/04/2008

11:58

POESIA ON-LINE

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 30/04/2008
Reeditado em 01/05/2008
Código do texto: T968616
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