CONFISSÃO DE UM PECADOR

Não fora a minha simples existência,

Não teria razão para viver, o tempo

Se esgota, ateimando em sobreviver,

Vou vivendo a vida com mais prazer.

A minha razão de viver, é por saber,

Que só a viver sentimos vivo prazer,

Mesmo tendo de sofrer, a nossa vida

Só com inteligência será conseguida.

Não tenho margem para inda desistir

De viver, a vida reclama que eu viva

Para continuar a sofrer, com a ferida

Que jamais irá sarar, até eu sucumbir.

É castigo que pesa como um cutelo

Sobre a minha cabeça, condenado

Estou em pagar os meus pecados,

Sem poder recorrer a simples apelo.

Eu pecador me confesso que pequei,

E desta vida me despeço, por saber

Que acabarei por ser então julgado

E à pena capital eu serei condenado.

Ruy Serrano - 31.03.2016

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 30/03/2016
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