O Espectro

À morte fui condenado

carne apodrecida exibe o corte

porque infortunada sorte?

tive pressa de morrer

não tinha pra onde ir

cadáver que me comporte

Não havia algum abrigo

meu corpo vivo e celeste

tomou suas brancas vestes

fitou o destino e ascendeu

e que se pudesse escolher,

o escolhido seria eu

Um espectro despossuído

uma assombração sem corpo

sou um fantasma sem morto

sem benção e nem castigo

Exorcizado e banido

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 19/01/2017
Reeditado em 13/12/2018
Código do texto: T5886809
Classificação de conteúdo: seguro