SANGRANDO

Sangrando, e apenas sangrando -

Não existem palavras para descrever a dor da perda, nem gestos ou pensamentos, para expressar, nada pode definir.

É tão profunda, que corta como o lado cego da faca enferrujada, que faz sangrar de forma desmedida, dolorida no profundo da alma.

Incrivelmente dor, fenomenal. A

A alma se contorce, o espirito quase voa de dentro de nós, a vida é nada; são lamentos, sussurros, gemidos; uma intolerante hemorragia, que esvai a energia que antes saia pelas pontas, se acumula e inunda o corpo em dor.

Os olhas nada veem, ouvidos nada ouvem, a luz se apaga, o brilho não existe, e corpo anestesiado, gelado, frio cortante e profundo, como um fio de navalha que rasga o amâgo.

Um desejo ardente, de sepultar o choro, as lágrimas, arde o silêncio, que afunda a alma, que assola, o peito, que queima e incendeia, na explosão do nada.

Um soluço incalculável, o fol~ego que some, o ar que some, o respirar não encontro o que precisa.

Não há como explicar e nem fazer entender; não há como se resguardar dessa dor, não há motivo para lutar; onde ir parar, não é sabedor o peito do expositor.

Sentir-se assim: perdido e anestesiado de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundido, atordoado e completamente perdido dentro de mim mesmos.

Mestre Wilton
Enviado por Mestre Wilton em 02/09/2017
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