Dois de Novembro

Palavras cruas desconexas no vazio do silêncio

Eis meu ego apunhalado e ferido

Escuridão de um corpo morto enrolado

À beira do dois de novembro, descontentado

Velas acesas acima das catatumbas

Orações certeiras no velar das plumas

Zeca és tu, que nunca veio aqui

Queria tanto conhecê-lo. Te tocar, te sentir...

És um alvoroço mistério de mil e novecentos

Eu era criança e ainda me lembro

Tu'alma jamais conosco, no vinte e cinco de dezembro

Tragadas às noites, em um velho cachimbo

O calor percorre e o cheiro subindo

Me restam apenas lembranças, das histórias deste pobre menino

Wesley Moraes
Enviado por Wesley Moraes em 20/09/2017
Código do texto: T6119474
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