MEU CASTIGO

Vejo em sua fotografia

as marcas deixadas pelo tempo,

que, ao passar como o vento,

vão aumentando minha agonia.

Seu retrato, hoje amassado,

pelas vezes em que o apertei

forte ao peito e chorei

sua partida, amargurado,

ainda trago comigo

bem guardado e escondido,

para que ninguém venha a saber

que meu maior castigo

foi não poder ter vivido

a seu lado com alegria e prazer.

Nova Serrana (MG), 12 de junho de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 25/09/2017
Código do texto: T6124871
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