DIAS DE LUTO

Ó tu que numa campa descansa,

distante de tudo que me faz sofrer.

Como dói saber que não voltarás jamais.

Como sofro com tua ausência.

Sinto o pranto riscar meu rosto,

mostrando que para mim

nada mais me dará gosto,

pois sinto aproximar-me do fim.

A falta que tu fazes em minha vida,

a dor que sinto, querida,

jamais será aliviada.

Pois ninguém há de ocupar,

em meu peito dilacerado,

esta imensa lacuna que ficou

desde que tu partiste.

Passo por momentos difíceis.

Sinto-me perdido de tudo.

Tenho tudo, nada me dá alegria.

Já não sei mais o que faço

nestes dias de luto

em que vivo ausente do teu abraço,

num silêncio absoluto.

Não quero nada mais.

Não sinto gozo em viver

por saber que jamais

este amor virá renascer.

Leandro Ferreira (MG), 11 de fevereiro de 2010.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 20/10/2017
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