Noite Fria

Em uma noite fria,

Eu me perco em meio a pensamentos suicidas

Em uma noite fria,

Penso em dar um fim a minha vida

Em uma noite fria,

Desejo que não exista um novo dia.

O tempo me devora, minha alma está indo embora

Um tormento indescritível bate em minha porta

O vento me avisa da maldade nascida da aurora

Eis que sentencio minhas memórias ao limbo

Quem sabe o cheiro da rosa eu já tenha esquecido

Ao nascer do Sol, eu já espero ter morrido.

Minha desolação me transformou em uma aberração

Cego pela tristeza, solidão, aflição

Tudo que, pelos meus dedos são tocados,

Ganham a cor da escuridão

Não há mais nada que possa me deixar inspirado

Foi-se junto as lembranças a muito perdidas

E meu coração, fragilizado, se encontra em ruínas

Poeira é o que surgi em minha vista

Não há mais nada em que acreditar,

Minha esperança fora totalmente perdida

No colo da noite minha cabeça irei repousar.

Procurei, mas dirão que eu nunca soube o que queria

Esforcei, porém, as garras do desespero provocaram-me várias feridas

Em solo ardente me arrastei, e no fim, a macieira negou-me comida

Não aguentei, me corpo me empurrava em direção ao chão

Estava, enfim, a beira da destruição

Depois que fechei meus olhos, o silêncio veio em forma de punição.