Apostasia
Apostasia
Preciso retroceder
No tempo voltar
Buscar velhos retalhos
Espelhos quebrados
Pedaços de Mim
Espalhados...
Talvez assim
Volte o Sorriso
A Alegria permaneça
O Horizonte seja Azul
As Noites sempre estreladas
Radiantes!
Impossível me é viver
Entre Espada e Cruz
Eterno Calvário
Em crepitar de Fogo
Hanseníase D’Alma
Chagas abertas
Cravos!!!
Percebo Sombras e Águas
Laços de Morte
Turvo é o Pântano
Imprescindível voar
Do Cavaleiro Negro fugir
Esconder-me...
Estou cansado
Da perseguição implacável
Dos pesadelos constantes
Das amargas poesias
Abortos que não cometi
Párias!
Retirar-me-ei enfim
Do Livro da Vida
Em total insanidade
Alarei...
Serei o único Poenauta
A sangrar em cada estrofe
Tolas verborragias
Chega de tudo
Apostasia!!!