Apostasia

Apostasia

Preciso retroceder

No tempo voltar

Buscar velhos retalhos

Espelhos quebrados

Pedaços de Mim

Espalhados...

Talvez assim

Volte o Sorriso

A Alegria permaneça

O Horizonte seja Azul

As Noites sempre estreladas

Radiantes!

Impossível me é viver

Entre Espada e Cruz

Eterno Calvário

Em crepitar de Fogo

Hanseníase D’Alma

Chagas abertas

Cravos!!!

Percebo Sombras e Águas

Laços de Morte

Turvo é o Pântano

Imprescindível voar

Do Cavaleiro Negro fugir

Esconder-me...

Estou cansado

Da perseguição implacável

Dos pesadelos constantes

Das amargas poesias

Abortos que não cometi

Párias!

Retirar-me-ei enfim

Do Livro da Vida

Em total insanidade

Alarei...

Serei o único Poenauta

A sangrar em cada estrofe

Tolas verborragias

Chega de tudo

Apostasia!!!

Pulsar
Enviado por Pulsar em 07/02/2018
Código do texto: T6247762
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