O beijo da morte

Sabes então que não é nada disso,

Sabes também que não foi por acaso,

Não foi o decote do teu vestido,

Não foi adianto e nem atraso

Teu beijo exótico a gosto de féu

A tantos muito tens beijado,

Teu beijo por imposição, fria, cruel,

Teu beijo derradeiro que já era esperado

Muito insisto em negar-te um beijo,

Meus lábios não queremser tocados

E, inevitavelmente estão sempre perto

Não foi teu vestido decotado sob o queixo,

Mas em tua mão, o sabre obsecado

Fizera-me um fugitivo incerto.

Jão Martins
Enviado por Jão Martins em 31/03/2018
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