Coruja.

a coruja chirria no alto

mais uma noite de ruído e perseguição

uma alma acaba de partir

e só resta a tristeza da dor!

e há momentos nesta carniça

onde o tempo cobra o desaforo

acomodando os goles do enfermo

bem como as flores na sua sepultura!

quanto a sombra bela e traída

num corpo, tornando-se, passiva

sai pelo alto desajustada.

de boca em boca, se esvazia

e não se têm, o próprio universo

por perdão, afecção, nossa evolução!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 17/04/2018
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