Corpo de delito
Morreu,
de trinta palavras por minuto,
a queima alma.
Porém, de evidência, só o nó de correr.
Persistiu enquanto dava,
sempre se remendando após as chuvarada.
Uma vez ou outra é que retrucava.
Tentativas já sabidas falhas, apenas lutava.
A polícia logo coletou as evidências.
Comprimidos, solidão, depoimento dos assassinos passivos.
O caso já estava predeterminado. Suicídio!
O que importa são os fatos,
como nunca havia reportado nada...
Depois do acidente,
pessoa sonhadora, determinada, em foco,
nunca havia se queixado.
As lágrimas secavam nos lençóis,
e a cena do crime fora a sala.
Só restou o vazio, a foto na parede, camisa de saudade,
e o adeus em forma de bilhete.