Corpo de delito

Morreu,

de trinta palavras por minuto,

a queima alma.

Porém, de evidência, só o nó de correr.

Persistiu enquanto dava,

sempre se remendando após as chuvarada.

Uma vez ou outra é que retrucava.

Tentativas já sabidas falhas, apenas lutava.

A polícia logo coletou as evidências.

Comprimidos, solidão, depoimento dos assassinos passivos.

O caso já estava predeterminado. Suicídio!

O que importa são os fatos,

como nunca havia reportado nada...

Depois do acidente,

pessoa sonhadora, determinada, em foco,

nunca havia se queixado.

As lágrimas secavam nos lençóis,

e a cena do crime fora a sala.

Só restou o vazio, a foto na parede, camisa de saudade,

e o adeus em forma de bilhete.

wRanniery
Enviado por wRanniery em 27/05/2018
Reeditado em 11/12/2018
Código do texto: T6348196
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