No fim viraremos pó

Como sobras de café moído

Restos de cinzas sem rumo

Como rapé bolada pra fumo

Prontas para o consumo

Dos vermes que destroem

E corroem a pele, o tecido

Vencidos pela lei natural

E esquecidos a baixo do chão

Onde mais nenhum grão de flor

Irá crescer

Onde mais nenhum raio de calor

Irá aquecer

A sete palmos de mãos sobre o chão

No fim seremos então, apenas pó

No fundo profundo do tumulo

Imundo, desconexo do mundo

Apenas um acumulo indigente

O cumulo de tudo inexistente

Enclausurados por um cubo

Nao serviremos de adubo

Nem de estimulos para as semestes

E no fim

Viraremos pó

Léo Queiróz
Enviado por Léo Queiróz em 03/06/2018
Código do texto: T6354132
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