Morrer

Morrer

02/08/2016

O homem vive em dificuldade.

Sobrevive com tanta humilhação.

Morre sem a sua dignidade.

E até a flor pra colocar no caixão,

É tão cara que está em extinção.

Ser imperfeito e com excentricidade

Gosta de fazer perversidade,

De mutilar a alma que já foi do irmão,

Estragando a sua imagem na mortalidade.

Já nasce podre para a humanidade.

A carne do indivíduo é fantasia,

Suas roupas usadas são cortesia.

No fundo é um mistério de muita ruindade,

Inacreditável comportamento de vaidade.

E ao saber que um dia ninguém existia,

O homem procura afastar-se da verdade.

Mas a morte lhe trás sempre anestesia,

Que de pavor e perdição lhe extasia,

E esta sobrevida há nada renuncia.

Mesmo morrer com bravura nesta sociedade

Não é resultado de nenhuma dignidade,

E esquecido, o morto é difícil deixar saudade.

Leomária Mendes Sobrinho

Leomaria Mendes Sobrinho
Enviado por Leomaria Mendes Sobrinho em 09/07/2018
Código do texto: T6385543
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