morte

Morte

Esvai-se a vida por meus dedos

Oh morte! Leve-me ao nada, que não aguento mais tudo

Cada gota de meu sangue que tempera a terra com meus medos

Que o nada envolva minha miséria, meu distúrbio

Agora percebo, viver é um soco na fronte

Amar é alimentar quimeras

Que aos poucos nos devoram,

Sinto, ainda gora, cada dente pregado em meu coração

O que é a dor perto da morte da alma?

Envolva-me o nada, não busco a paz

Busco o tormento!

Venha dama, leve-me a sua morada

Dispa-se, deite-se a meu lado

E possua minha carne fria e putrefata.

Cristian
Enviado por Cristian em 12/07/2018
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