AMPULHETA DO TEMPO
E quando o último grão de areia
Escapar do alto da ampulheta do tempo
Ela virá sorrateira trazendo consigo
Aquela velha foice borrada de sangue
Quem diria que carregada nas mãos
Daquele inteiro corpo esquelético
Chegaria um objeto tão simples que
Detêm o dom de encomendar caixões
Lisa e leve, longa e levada
Capaz de levar almas mal amadas
Para longe, para serem lavadas muito além
Tiradas de suas vidas angustiantes
Em seu destino aterrorizante
Imperceptível como a brisa do vento ela vem
Pesada e carregada como um tornado ela vai
Quantos pontos finais já não foram assinados?
Dando assim oportunidade para novas tramas