A última página

Por que não voa, pássaro?

Estais ao lado da janela da alma.

Sua jaula está aberta;

por que estais a me vigiar?

Por que não voa, pássaro?

Os céus em branco caem no pranto,

quando suas penas de carmesim,

não estão no ar.

Então voa, pássaro.

Que a vida é bela

E te espera nos badalares lúgubres da obrigação,

mas já não é tão prazerosa, não é?

Então entoa, pássaro,

A majestosa grandiosidade de um indagar,

Que fez em mim novamente despertar,

O gozo pela utopia da imaginação,

Onde o homem não vive só por estar.

Por fim, voemos, pássaro.

Que a tua espera aqui termina,

pois a última pílula que me alucina,

já me fez agora, eternamente deitar.

Milessa
Enviado por Milessa em 06/03/2019
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