A última página
Por que não voa, pássaro?
Estais ao lado da janela da alma.
Sua jaula está aberta;
por que estais a me vigiar?
Por que não voa, pássaro?
Os céus em branco caem no pranto,
quando suas penas de carmesim,
não estão no ar.
Então voa, pássaro.
Que a vida é bela
E te espera nos badalares lúgubres da obrigação,
mas já não é tão prazerosa, não é?
Então entoa, pássaro,
A majestosa grandiosidade de um indagar,
Que fez em mim novamente despertar,
O gozo pela utopia da imaginação,
Onde o homem não vive só por estar.
Por fim, voemos, pássaro.
Que a tua espera aqui termina,
pois a última pílula que me alucina,
já me fez agora, eternamente deitar.