EU HERODES

Caçada cruel aos tolos devaneios

Sonhos pueris de amores vãos

Flores cultivadas no calor dos seios

Agora maceradas por sangrentas mãos

Escavando o peito numa dor insana

Raízes que teimam em não morrer

Vão sufocadas na mão que esgana

Não há mais espaço para florescer

Pobres meninos sou o teu Herodes

Não há como esconder entre o breu e a luz

Mesmo que agora pensas que foges

Serás o último mas morrerás na cruz!