NOSSA CONCLUSÃO

São feias suas entranhas

Mas é democrática

Embora sem alegria

Muitas são as metafísicas

Chega a ser até poesia

Na forma de elegia

Mas não dá para enganar

Seu talento é findar, finar

Amiga de massacres, pandemias

Urdindo no tempo

Enredo de trama sombria

É ela, é ela

Da vida dicotomia

Natural destino

Nossa última anatomia

É mistério, é silêncio

É real, não tem fantasia

Às vezes é descanso

Quando dor é agonia

Tem vezes parece

que chega é cedo

e tudo que a gente

pede é mais um dia

mas não tem negócio

é dela a autonomia

nós somente caminhamos

inventando filosofias.