A DONZELA NEGRA

Quisera decifrar o enigma

Por trás do negrume da morte

Quisera eu não ter o estigma

De sangrar lá dentro do corte

Minha alma está naufragada

De dores, traições e delírios

A maldade me feriu de espada

E o ódio demonstrou os seus lírios

Sou mártir de um mundo de tédio

Sou louco no palácio sem sonho

Eu levei demais minha vida a sério

E hoje não há mais razão que disponho

A morte é um único desejo

Que ela venha, então, com seu mórbido beijo!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 01/07/2020
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