A Peste

De norte a sul, leste a oeste,

No mundo se espraia a peste...

Lá e cá, o perfume acre da dor...

A flor ceifada... A vida arrancada.

No entanto, da loucura o manto

Recobre a razão com o medo!

Muitos negam o medo tão cedo,

Mas arde! A dor de ser tão tarde!

Já não há mais tanto tempo...

E acelera-se o fim na incúria

De relegar tanta dor à injúria

De mentir que a morte não vem.

A peste se espraia tão forte!

E a morte, sua amada consorte,

Dança feliz por ver tantas dores

Colhidas em almas, em flores...