Princesa

Princesa

Nome tosco pra uma cadela.

Muita gente nao concordava.

Laica, Pantera, Pitucha...enfim

Sugeriam, surgiam a revelia,

Tal qual lhe nomearia.

Especiais cuidados carecia.

A nobreza pertenceria.

Guerreira sim parecia.

Cadela de rua.

(cor) caramelo malhada!

Vulgo clichê Vira-lata.

De inteligencia aguçada

Coitadinha, onde já se viu?

Magrinha, arrastando-se faminta

Cercadas de olhares tristes.

O dó, coitadinha diziam.

Trazida para uma benção

Ao pastor lhe pediam.

Ela nada entendia.

Minha mente ia e vinha.

As patinhas nao se mexiam.

Nem dor, nenhum movimento.

Nas costas uma curva diferente.

Nem cauda mexia se contente.

As costelas a contar.

Em meio a tantos doutores.

Diagnósticos escutar.

Nenhum de voltar a andar.

impressível estimar!

Tanta dor suportar!

Nem idade computar.

A pequenez alma a condenar.

Um milagre dia depois.

Observo atentamente.

Algo novo e repentino.

Está sensível e breve andará.

Todos felizes.

evolução diária

A alegria contagiava.

Muito amor e carinho.

Aos cuidados ficou.

De um grande amigo.

De grande coração

Muito amor e devoção

Se repete o sentimento.

Primitivo e primário

De animal para animal.

incontrolável descomunal.

Quanta gente pela mesma causa.

Deixa o mundo em hora errada.

Foram os ciumes e raiva.

Encurtou a sua estada.

Hoje, os olhares de pena e de tristeza

Novamente permeavam.

Destinados àqueles que.

A ti te queria e amava.

Erick Diogo
Enviado por Erick Diogo em 30/12/2020
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