CONFESSIONÁRIO
Se soubesse por quantas noites
Velei teu corpo em choro
Cada lágrima que pingava-lhe na testa fria
Era uma estridente tempestade
Por quantas noites e dias
Revivi tua morte
Tua partida sem despedida
Viajavas entre mito e religião
Enquanto eu apenas tremia
Oscilando entre o desespero e a calmaria
Por quantas vezes visitei teu túmulo
Alvo e perdido entre centenas de almas
Que também
Eram amores de outro alguém.
Que covarde é a vida
Quando ela encerra o ciclo
De mais uma noite, de mais um dia...