Relembro-te...

Relembro-te...

Um corpo moribundo,

perdendo o seu mundo,

levado pela doença

pouco a pouco...

Relembro-te...

Sem forças e em silêncio...

Observando cada momento

uma batalha não tão invisível

corroer-te o corpo...

Relembro-te...

Definhando entre a vida e a morte...

Perecendo à sorte

de uma doença estranha,

cruel e solitária.

Mas, relembro, também

que nunca baixaste os braços,

nem deixaste a doença

penetrar-te na alma.

Foste um guerreiro pai!

Mas um dia ela chegou gentil

e levou a tua alma com ela...

Luena dos Reis
Enviado por Luena dos Reis em 01/04/2021
Reeditado em 01/04/2021
Código do texto: T7220986
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