Três Gotas de Escuridão(Poema 1)

Três Gotas de Escuridão

Derrama essas três gotas negras de escuridão nos túmulos

Sagrados de outros tempos, recita os cânticos que deixaram

Almas ligadas ao mundo espiritual, e derrama aquele sangue

Humano que muitos desejavam ver, sentir as gotas de sangue

Sendo aspergidas naquele noite de luar sonolenta e distante.

Os espíritos cadavéricos satânicos aniquilam com suas mentes

Toda a vida, toda a felicidade, o mundo cobre-se de palor negro,

E almas sedenteas de fealdade gritam em uníssono que

Viverão para sempre não apenas neste mundo, mas em todo o Universo.

Derrama nos túmulos toda energia que em ti estava tornando-se

Densa, amarga, e toda em forma de aranhas mortas e pustulentas...

Tu és este túmulo calcinado de maldades, este mundo pequeno

De maldades inesquecíveis, ossos fraudulentos, e sangue exangue.

Tu és aquela boca negra que bebe em ansiosos goles

O sangue da taça, a carne morta deste morto é tua

Ambrosia eterna, cada sorvida desta taça leva-te

A mundos mais profundos, secretos e inenarráveis.

Nas últimas libações negras, tua alma ficará exultante

Quando descobrir dentro de si a força cósmica evocativa

De milênios perdidos, e cada gota de sangue que tu provaste

É um novo universo negro criado e destruído na eterna

dança da morte.

LudHess Moonshadow
Enviado por LudHess Moonshadow em 22/04/2021
Reeditado em 01/12/2022
Código do texto: T7238153
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