Três Gotas de Escuridão(Poema 1)
Três Gotas de Escuridão
Derrama essas três gotas negras de escuridão nos túmulos
Sagrados de outros tempos, recita os cânticos que deixaram
Almas ligadas ao mundo espiritual, e derrama aquele sangue
Humano que muitos desejavam ver, sentir as gotas de sangue
Sendo aspergidas naquele noite de luar sonolenta e distante.
Os espíritos cadavéricos satânicos aniquilam com suas mentes
Toda a vida, toda a felicidade, o mundo cobre-se de palor negro,
E almas sedenteas de fealdade gritam em uníssono que
Viverão para sempre não apenas neste mundo, mas em todo o Universo.
Derrama nos túmulos toda energia que em ti estava tornando-se
Densa, amarga, e toda em forma de aranhas mortas e pustulentas...
Tu és este túmulo calcinado de maldades, este mundo pequeno
De maldades inesquecíveis, ossos fraudulentos, e sangue exangue.
Tu és aquela boca negra que bebe em ansiosos goles
O sangue da taça, a carne morta deste morto é tua
Ambrosia eterna, cada sorvida desta taça leva-te
A mundos mais profundos, secretos e inenarráveis.
Nas últimas libações negras, tua alma ficará exultante
Quando descobrir dentro de si a força cósmica evocativa
De milênios perdidos, e cada gota de sangue que tu provaste
É um novo universo negro criado e destruído na eterna
dança da morte.