Cão dos infernos

Pela a vida afora, o mal vem dominando

O cão segue arrastando as almas e se gabando

E não adianta nada, fugir da sua lança

O mundo é uma bola, e se correr cê cansa

E o cão pede passagem, é hora de matar

Ele vem arrebatar almas, e levar pro altar

Todos seguem assustados, com o coro da morte

O cão segue feliz, o mestre da má sorte

Enquanto o sangue escorre, o ódio é que vence

Mutilados do mal, mais súditos convence

A negra noite chega, com ela vem a dor

O cão prepara a adaga, do bicho matador

Machados e facões já estão preparados

O mal quer decepar pescoços tão malvados

O cheiro de enxofre, invade toda a Terra

O cão segue sua sina, com vítimas da guerra

Soldados odiosos que só querem matar

A morte é uma amiga, destroem pra se alegrar

E então surge o rei, seu mestre o diabo

Ordenando a matança, ninguém está a salvo

A noite segue lenta, e os corpos caindo

Na cova dia covardes com sangue se esvaindo

Correntes se arrastando, com mostro do terror

O diabo sorrindo, na morte por amor

E os gritos que ecoam, de dor e sem esperança

A cena é de maldade e horror

E o dia se lança

E então todos se vão

E o sol chega queimando

O diabo descansa

Com súditos num canto

E assim a dor tem pausa

Até a próxima noite

Onde o diabo espera

Com a foice e o açoite.

Um poeta e só
Enviado por Um poeta e só em 09/06/2022
Reeditado em 09/06/2022
Código do texto: T7533817
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