Já estou pronto para morrer
Já passei tudo o que tinha que passar
Logo o SENHOR quero ver
E somente a ELE amar
O câncer se aproxima, é minha sina
Vejo o meu corpo definhando
Um olhar de interesse de uma menina
“Já estou morto”, vou logo avisando
Mas ela me instiga e diz:
“És jovem o suficiente
Não vá ainda, nada te fiz
Fica mais um pouco com a gente”
Já fiz sofrer e sofrido fiquei
A vida de amor é complicada, eu sei
Ela veio, mas evaporou
O vento que a trouxe foi o mesmo que a levou
Não sou deste mundo
E isto me angustia
Sinto-me imundo
Entre o amor e a agonia
Creio no evangelho sagrado
Mas dele fizeram outras versões
Embora por DEUS inspirado
Mudaram as palavras conforme malditas paixões
Logo estarei no meu funeral
Vendo de cima os que choram por mim
Vou embora, já experimentei todo o mal
Irei logo, irei sim
Agora que mal respiro
O anjo ao meu lado esperando
O meu derradeiro suspiro
Adentramos, então, o portal da LINDA CIDADE
E nas mãos do anjo já estou voando
E concluo que desta terra não sentirei nenhuma saudade
O mundo jaz no maligno da mesma forma como jaz a poesia construída para a provocação desnecessária, para colocar lenha no fogo que nos consome, para mostrar que ainda não perdoamos e que o ódio e o rancor ainda brotam do coração e o veneno ainda destila dos teus lábios. Maldita poesia construída somente para mostrar que há ainda uma grande hipocrisia no falso perdão, o qual tu jamais sentiste, e se esconde em uma falsa santidade como se fosse uma escultura barroca, mas que por dentro és oca e nada tens.
https://www.youtube.com/watch?v=r6veaj2gst8&list=PLdadd_cbznBAXqWGg9XEbED0ACwlofaRg&index=50