Ode à decomposição

Há de vir o dia

Mais belo da vida

Que urubus e formigas

Ajudarão a natureza a decompor meu corpo

Gostaria que primeiramente

Morressem minhas ideias

Meus ideais, as frases malditas

As quais escaparam por minha boca em vida

Deitar-me-ei em berço esplêndido

Com um sorriso no rosto

Sentindo a cada momento

Um pedaço meu, deslocando do corpo

Fechar os olhos, também

Olhar a dentro

Enxergar a luz no fim do túnel

Do além