A MORTE

Minhas lágrimas de lã

Tesse os fios do destino

Que por tão grande súplica

Simplime ser-me-á a morte

No silêncio da noite gélida.

A névoa cai lentamente sobre mim

Ó vida, que espero eu, o fim...

Talvez o descanso eterno do hoje

Para que não venha o amanhã

Nem depois o dia depois do amanhã.

Caminho entre o desamor

E meu sorriso já se despede

Como a chuva primaveral

Da minh'alma que começa a ir

Em um barquinho de botões

Para alegria dos que sempre desejaram.

Imagino o motivo por que haverá choro

Desespero dos que quiseram o ponto final

E sei que choraram de angústia

Pelo fim natural que pirei

Assim, eu serei lembrado por pouco tempo

Mas, eu não findarei minha vida

Porque continuarei presente

No sepultamento de todos.

A vingança só é maravilhosa com sentido

Verei apodrecer a carne da minha cunhada

A cegueira e a fome da minha irmãzinha

O desespero da minha sobrinha

A morte súbita do meu sobrinho

A perda dos tostão entre parentes

E, verei a angústia dos meus algozes

Será belo morrer e realizar o desejo.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 23/04/2023
Código do texto: T7770557
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