Mar vermelho

Corres pelo rio de sangue

Que tolhera minha tenra mocidade

Fazendo eu me mostrar inteira

Ao decantar a poesia do naufrago que atraca.

O futuro sombrio já nem nega,

Nem o melhor da vida espera

Mas ah, se sua indigência fosse honesta!

Se não se visse dominada

Pela vicissitude humana da malícia,

Mas nem ser pobre lhe expurga de tal sina.

Quando a última gota de veneno

o mar vermelho velejar

As divididas águas

Entre as duas bandas de sua vida

Cessarão o escamoteio desta guerra nuclear...

Quisera ser só carne ou só espírito

Sem o híbrido da sonsa falsidade,

Antes o céu ou o inferno

E o destino decidir de imediato.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 18/07/2023
Reeditado em 28/09/2023
Código do texto: T7840122
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