O Fim
Na penumbra do crepúsculo final
Ergue-se um eco de sombras, lamento infernal
O céu arde em chamas de desespero
Enquanto a terra treme, pecadores primeiro
O vento sussurra segredos do abismo
Murmúrios que anunciam o fim do mesmo
Os mares rugem em um furioso revide
Testemunhas mudas deste apocalipse selvagem
As estrelas, testemunhas de eras passadas
Despedem-se em um brilho de despedida
O sol agoniza em seu fulgor moribundo
Como um último adeus no horizonte profundo
As florestas choram em seu silêncio verde
Enquanto a fauna se extingue, vida que se perde
O homem, arquiteto de sua própria desgraça
Observa impotente sua própria ameaça
Ruínas de cidades, monumentos desvanecidos
Testemunhos mudos de sonhos destruídos
O grito da humanidade se perde no vento
Uma sinfonia de dor, um lamento sem alento
Os relógios marcam o tempo da catástrofe
Uma dança macabra que à existência despoje
Na tela do cosmos, a escuridão se expande, negra mancha
Uma pintura apocalíptica que a realidade desmancha
Qual destino aguarda no abismo do final?
É a extinção a resposta para o mal?
No eco do apocalipse, resta a incerteza animal
Um poema trágico, a mensagem se revela em seu último sinal