Sinto Chegando

Sinto chegando

Na estrada da vida, ao longe vislumbro o horizonte,

Onde o sol se põe em seu derradeiro monte.

Sinto o sopro do tempo, suave e constante,

Anunciando a chegada da minha própria estante.

As memórias se entrelaçam como fios de um tear,

Contando histórias de um passado a recordar.

Caminhei por trilhas, enfrentei tempestades,

Mas agora, na calmaria, vejo as realidades.

Os dias se despedem com um tom de melancolia,

Enquanto as horas escorrem como a areia na ampulheta vazia.

A finitude se insinua, sorrateira e mansamente,

Recordando-me que a vida é breve, fugaz e urgente.

Mas não temo o fim, pois sei que faz parte do ciclo,

Assim como a folha que cai e se transforma em adubo fértil.

Enquanto me aproximo do crepúsculo derradeiro,

Abraço a finitude como um último companheiro.

Que eu possa deixar um legado de amor e sabedoria,

E que minha passagem não seja em vão, mas cheia de poesia.

Porque mesmo na finitude, há beleza em existir,

E na eternidade das lembranças, meu ser há de persistir.

Zezé Libardi

Zezé Libardi
Enviado por Zezé Libardi em 22/05/2024
Código do texto: T8068471
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