NÃO QUERO ESSE NATAL

Que me oferece a mão intereresseira enquanto a outra se recolhe;

O bem querer que encolhe mediante o fim de seus teatros;

As festas que se tornam palcos da encenação que se escolhe;

A divisão de rico e pobre e a solidariedade dos falsos!

Que abastece as árvores abastadas e não visita panelas excluídas;

As alegrias imbuídas unicamente do conveniente que lhe apraz;

As questionáveis bandeiras paz em meio a guerras enrustidas;

A breve cura das feridas que hão de abrir-se logo mais!

Que canta o riso dos burgueses e não enxuga o pranto da miséria;

A nova festa e sua promessa velha, a linda roupa e a alma podre;

O vinho antigo em maquiado odre, a humildade que quer platéia;

O mesmo engano em nova estréia, a mesma fala que nunca ouve!

Que farta as mesas e enche as veias de ilusão;

O compromisso sem transformação, a vela acesa e o ser sem luz;

Que quer o céu, porém rejeita a cruz e que aplaude o seu discurso vão;

Não quero esse Natal sem conversão, sem coração e sem Jesus!

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LETRAS DA ALMA. Primeira publicação de Reinaldo Ribeiro em: http://clubedeautores.com.br/book/7820--LETRAS_DA_ALMA

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/12/2009
Código do texto: T1986736
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