OS NATAIS DE UM CAIPIRA

OS NATAIS DE UM CAIPIRA

Na roça, a nossa vidinha

Lá no meio daquele mato

Pro ceis vô contá um fato

Quando eu era criancinha

Ficava esperando o dia

Da nossa maior alegria

Do Papai Noer, bom veinho.

Bem simprinho, os presente

Mas bem feliz nos fazia

Era a nossa fantasia

Mexia com a arma da gente

Só despois eu compreendi

Com o tempo aprendi

Que Noer ficava doente.

E anssim ficô no passado

Mas eu nunca esqueci

Bãos momentos que vivi

Daquele veinho amado

Guardo essas lindas lembranças

Aqui bem drento de mim

Lembrar é bão, mas triste, sim

É a marvada saudade.

O anos se passaram, e eu

Versejo isso com orgúio

Vórto ao passado e mergúio

Esse Papai já tá com Deus

Chegou o dia, foi sua missão

Pobre Veinho, parou seu coração

Nesse dia Papai Noer morreu.

(Christiano Nunes)