NOITE DE NATAL

NOITE DE NATAL

É meia-noite

Desta chuvosa noite de Natal.

Choveu até há pouco.

Mas, ao chegar a meia-noite,

Juntamente com os fogos,

Soou Algo Mais dentro da noite,

Anunciando o nascimento Daquele

Que mudaria o destino da humanidade.

E soou Algo Mais dentro de mim,

Resplandecendo meu coração

E fazendo com que fosse

Até o nosso quarto,

Beijar, delicadamente, para não acordá-la,

A fronte da mulher amada

Que dorme o sono dos justos...

Ao olhar para ela,

Dormindo em sua paz,

Roguei ao Deus-Menino que a abençoe,

Dando-lhe muita saúde e alegria

No novo ano que virá,

Para que possamos continuar, juntos,

Esta linda caminhada que é a vida...

Lembrei-me, então, naquele momento,

Olhando para a minha amada,

De todos os outros Natais que passamos juntos,

E de todas as comemorações que fizemos,

Com as taças de champanhe nas mãos,

Com os braços entrelaçados

Ao chegar o Ano Novo...

Voltei, então, à mesa de trabalho,

E fiz esta poesia em prosa

Dedicada à ela,

Que dorme e sonha,

E desejando que, em seus sonhos,

Eu esteja ocupando algum lugar

Em seu coração...

É noite de Natal.

É época de festas e de prazer...

Vivencía-se no ar

O espírito suave do Natal;

Quando o Amor deveria unir a todos,

Numa confraternização universal...

Portanto, é noite de Natal e de Amor.

Brindemos todos à vinda de Jesus

E que Ele nos abençoe

E faça de nossas vidas

Algo brando e espiritualmente elevado

E que nos envolva sempre

Como esta brisa fresca

Que acaba de entrar pela janela,

Soprada suavemente pelo ar úmido de inícios de verão

Desta noite de Natal...

Tupã, São Paulo, 25/12/2006.

Eleomar Ziglia LopesMachado
Enviado por Eleomar Ziglia LopesMachado em 25/12/2006
Código do texto: T327354