É Natal

A cidade enche-se de enfeites,

Nos shoppings, nas lojas.

Galardões coloridos na festa máxima dos cristãos,

Que dizem ser.

Com promessas não cumpridas,

Verdades ocultas de si mesmos,

Vão à festa comercial, que oferece

Coisas e mais coisas

Para almas desatentas à própria fome.

De igualdade, dignidade e saber.

Poucos cantam. Raros ouvem,

O encanto da música perdida

Os sons em seus corações invertidos

Não pulsam mais por coisas belas,

Fugitivas, quiçá,

Que alimentavam corações

Onde a esperança ainda vivia.

Empanturrados de comida,

Todos pensam festejar

Na troca de miçangas

Que, esperam,

Falem as palavras de amor

Que não dizem e

Quando dizem, poucos praticam.

Naquela terra,raros lugares celebram

A alegria verdadeira

De nos sentirmos

Irmãos por termos nós nascido

Em terra tão pródiga e por seus filhos traída?

Marluiza
Enviado por Marluiza em 25/12/2006
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