MEMÓRIAS


          Doce de pêssegos no tacho de cobre.
                Chuva mansa lá fora....
                 Natal chegando,
            Saudades de meus pais!



   Agradeço as belíssimas interações dos poetas:

                VIVAS LEMBRANÇAS
                           Paulo da Cruz



                  Saudades!... Saudades... Saudades!...
   O que seria de nossas vidas... sem o toque nostálgico da saudade?
          Saudades!...
        Vivas lembranças
           Ai, quantas saudades!
      Quantas memórias!
         A balançar o espírito do tempo que vivido e saboreado fora
     A que iluminou nossos velozes e singulares momentos
       Os quais outrora eram somente... trevas e sombras

      E então, vem aquele desejo de voltar os ponteiros do tempo
         Da florida primavera que rápido veio e partiu
            E a mente distraída... Que pena! Não o percebeu...

       Mas... afinal... o que é de fato... saudade?
            Seria... o flagelo n'alma pela dor?
     Ou não seria...nela... uma real prova de amor?
           Por aqueles que conhecemos no prazo do viver
       (o qual denominamos "tempo")
  E nele, pois apareceram (e nós também em suas vidas "aparecemos”)
     E depois, sabe-se lá por que... e de repente... se mandaram
         (como dizem os jovens de hoje)
      E não mais voltaram...
           E assim, nos deixaram... com saudades
      Naquela palavra de conforto... que tanto nos marcou
   Naquele gesto de carinho... que selou tão belos instantes

        Ao que então eu pergunto:
     "Por que então chegaram?"
          "Por que cargas d’água vieram?"
     "Somente para irem embora?"
             Ah, não... ao que não creio
         Eis que eles ficaram ...em nossas almas
    Do contrário, não sentiríamos então isto...
       Que se chamamos de "saudade"

            Ah, saudades!
      Na verdade, mais uma das milhões ilusões do prazo da vida
          Visto que... se de dato estamos saudosos
       Por a quem amamos e depois partiu
           Eis que o carregamos em nossa memória
      E assim, não o estará de nossas vidas... em verdade... ausente

       Ao que deste modo, não praguejarei mais à Vida
    Pela dor que agora sinto
        Uma vez que se então a sinto
     É por que valeu... e foi amado... no tempo em que se viveu
          Não passou... em vão...




           André Luiz Pinheiro

         A saudade bate no peito
       Lembranças ternas e doces
      No meu pensamento eu deito
    Onde meu sentimento me trouxe... 



                      
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 22/12/2017
Reeditado em 27/12/2017
Código do texto: T6205633
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