Corrente Natalina

Poema I

Edson Gonçalves Ferreira

Abro as minhas mãos em concha

Faço delas uma manjedoura

E abrigo, no calor delas, o Menino

Minhas mãos ainda são fortes

Minhas mãos são generosas

E o Cristo-Menino sorri

Acariciado por elas

Abraço as minhas mãos em concha

Faço delas uma manjedoura

Pronta para abrigar você, menino(a).

***

Poema II

Sônia Ortega Wada

Com as mãos unidas

a menina ora, enquanto nas crianças

brilha os olhinhos no abrigo manjedoura

A pequena árvore, vai ganhando vida

com os coloridos desenhos, coloridos

sonhos: de algodões e pétalas

deixam seu pedido pendurado

esperando por uma mão em conchas...

Orando a menina chora

pois a mão que ainda tem na memória

é a mão de fúria que se levantou desgovernada

e pela cidade perdida cheira cola

vende crake, se prostitui na feira,

mas ganha uma laranja...

Orando pede, que nesse dia

ela não precise da cola

que possa ter um pedaço de bolo

no café da manhã e uns trocados

no bolso para o lanchinho do almoço...

um chocolate e quem sabe encontrar

no lixo um belo tenis; isso é tudo que

ela quer...

Não esquece os amiguinhos,

pede que eles tenham a mesma sorte.

***

Poema III

Fernanda Araújo

O Natal se aproxima...

Meu coração se aquece.

São lembranças, são temores

Que a gente nunca se esquece!

Mas eu peço ao Deus Menino

Que do mundo tire as dores

E traga felicidade

Para cada um de nós!

Seja criança, jovem ou mais velho

Que se sinta mais feliz!

Que esta noite encha de luz

Que dure para o ano inteiro!

***

Poema IV

Claraluna

NATAL COM CRISTO JESUS

Neste Natal, meus amigos,

Abro minhas mãos também

Para afagar o menino que nasceu lá em Belem.

É o Seu aniversário

Mas ninguém disto se lembra,

Preferem um velho gordo, inventado, uma lenda.

No aniversário de Cristo

Seja Ele o convidado

Que muitas portas se abram, pra Jesus, o Iluminado.

Com Ele não haverá

Fome, tristeza, miséria ou doença,

Ele é a paz que excede todo entendimento,

Com Ele não há violência.

Poema V

Zélia Nicolodi

Mais um Natal vem chegando

E as lojas vão se enchendo!

E o povo vai se irritando

E nem mesmo percebendo

Que para a verdade do Natal

Bem pouca gente se atenta

Que essa data não é banal

Encontro de compra e venda...

Se o dinheiro é escasso,

Se pendura no cartão,

E nem pensa no fracasso

De não dar um presentão...

Muitos poucos é que se lembram

Da festa a real razão

E com carinho sustenta

Grande fé no coração

E rezam pro Deus Menino

E O louvam em oração

Nosso Jesus pequenino

Com sincera devoção!

Poema VI

Celina Figueiredo

É noite

Pela ruas, vago sem destino.

Luzes, vitrines coloridas, bolas multicores..

Em cada canto, um Papai Noel vende ilusão.

Ansiosa, procuro o aniversariante:

Nas lojas, nas árvores iluminadas,

Nos sinos que cantam sem cessar: “Noite Feliz, Noite Feliz...”

Tudo em vão.

Já cansada, encontro, num cantinho, um pobre menino,

Triste, solitário, mal vestido,

A cada um lançando seu olhar,

A cada qual implorando seu presente:

Nem carrinhos comandados,

Nem robôs, nem celulares,

Apenas, tão somente, pede Amor

Só, então, vejo JESUS que nele habita.

Poema VII

Helena Luna

Natal de amor e de paz

Por um mundo melhor

Sem barreiras

Sem fronteiras...

Corações abertos

Mãos unidas

De um canto a outro da Terra

Esperanças renovadas

Nesta noite abençoada

Nasceu um Menino!

Poema VIII

Mariza Brasil

É Natal! Mesas fartas, famílias reunidas

Comemorando o aniversário de Jesus Cristo.

Amigos, o único presente que Ele deseja

É que oremos pela paz na terra,

Que o amor reine nos corações, por nossos irmãos,

Em especial, os menos favorecidos.

Estendermos-lhes as mãos em todos os dias

Por serem, de Jesus, os preferidos.

Pedirmos a Deus Pai em nome de Seu filho,

Que estará esperando por este presente

Para nos agradecer comovido

Com bênçãos de amor divino.

Poema IX

Angela Rodrigues

Natal é mais que troca de presente

É o aniversário do menino Jesus

Este ano faça diferente

E seja para o mundo uma luz.

Esqueça a correria

desta vida tão corrida

Dê um pouco de alegria

A quem precisa de comida.

Faça ceia, reparta o pão

Aqueça um coração

E viva seu melhor Natal

De um jeito original!

***

(Esta Corrente Natalina foi iniciada pelo poeta Edson Gonçalves Ferreira. Você participando aqui, seu poema será postado também nas páginas do Edson e da Sônia Ortega. Venha juntar-se a nós nesta amorosa corrente natalina! Um grande abraço agradecido.)

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 27/11/2007
Reeditado em 30/11/2007
Código do texto: T755459
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