A verdadeira razão

Fulgurante pisca-pisca
risca o breu da escuridão
e em cada luz que brilha arisca
pulsa um pedaço do coração
e neste tempo de cores e magia
de mil enfeites e lembrancinhas
dum luxo desnecessário que extasia
deixa o sentido ficar nas entrelinhas
o motivo real de tanta festança
mas quando a meia-noite, enfim, chega
bate no coração aquela lembrança
dum amor que manso se aconchega
daquela paz que vem... e aquece
e alguma coisa que já mora no peito
surge da alma... reaparece
na lágrima que corre sem jeito
no meio das luzes e cores
das lembrancinhas desnecessárias
pois da bondade... dos seus favores
brotam as nossas bênçãos diárias
da mão que certamente é santa
do peregrino que nos conduz
aquele que todo medo espanta
nosso doce mestre Jesus


21 de dezembro de 2007, 18h03
guerinis@uol.com.br