Soneto natalino
Quando Se deixou ir ao vil calvário
entre os braços horríveis de um madeiro,
cheio de amor, de paz, mas solitário,
Jesus morrendo salva o mundo inteiro.
Com sublimado verbo O humilde obreiro,
liberto de Si mesmo, em cruel fadário,
pregando o ideal de amor bem verdadeiro,
resgata os homens de um viver nefário.
Natal!... A imagem de Jesus pendida...
No Seu olhar piedoso a indagação:
– “Todos vós, que fazeis por esta vida?”
Quanta gente carente de luz temos
e se não cremos no outro como irmão,
como aceitar um Deus que nunca vemos?