Soneto natalino

Quando Se deixou ir ao vil calvário

entre os braços horríveis de um madeiro,

cheio de amor, de paz, mas solitário,

Jesus morrendo salva o mundo inteiro.

Com sublimado verbo O humilde obreiro,

liberto de Si mesmo, em cruel fadário,

pregando o ideal de amor bem verdadeiro,

resgata os homens de um viver nefário.

Natal!... A imagem de Jesus pendida...

No Seu olhar piedoso a indagação:

– “Todos vós, que fazeis por esta vida?”

Quanta gente carente de luz temos

e se não cremos no outro como irmão,

como aceitar um Deus que nunca vemos?

Reginaldo Costa de Albuquerque
Enviado por Reginaldo Costa de Albuquerque em 17/12/2005
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T87041