A Noite

Pela calçada escura
O vento muito frio
Corre muito
Vai com pressa
Um sussurro, um murmúrio.
Ratos voltam para as tocas
Gatos pulam pelos muros
Os cães ladram.
O sereno a gotejar
Tristes lágrimas
Escorrem pelos cantos.
A lua, a fingir que nada viu
Se esconde com as estrelas
Lá atrás, por trás dos morros
Despertadores tocam
Qual sirenas alarmantes.
Surge o sol
E com ele vem o dia
Vem com pressa, esquentado
Quer saber se alguém sabe
Se alguém viu ...

Mataram a noite!
Maurício Victor de Uzêda
Enviado por Maurício Victor de Uzêda em 27/06/2008
Reeditado em 08/02/2017
Código do texto: T1053791
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